segunda-feira, setembro 06, 2010

Rio Jamor : Câmara Municipal de Sintra não cumpre recomendações da ARH Tejo

Depois da cheia de 2008, onde faleceram duas mulheres no rio Jamor, a Câmara Municipal de Sintra começou a fazer limpezas no rio Jamor. Embora as limpezas sejam necessárias, não há selectividade e vai tudo à frente arrastado pelos bulldozers da construção civil. Desconhece-se inclusivé se a empresa e funcionários que fazem a limpeza têm formação específica nos trabalhos que estão a fazer. O que é certo é que promovem a destruição de pequenos habitats de anfíbios e aves.

Hoje foi enviado um mail à Administração Regional Hidrográfica do Tejo a questionar se esta é a melhor forma de se efectuarem limpezas e se existe alguma supervisão dos trabalhos. Segundo um edital recente da ARH Tejo, "a limpeza e desobstrução não pode implicar o arranque das raízes das plantas existentes nas margens." A Câmara Municipal de Sintra e empreiteiro estão a fazer precisamente o contrário.

Rio Jamor Antes
Rio Jamor Antes

Rio Jamor Depois
Rio Jamor Depois

Recorde-se que a única espécie que a ARH Tejo recomendou à Câmara Municipal de Sintra abater foi a Ricinus Communis, espécie que não tem merecido a devida atenção da Câmara. Esta espécie com sementes tóxicas tem-se propagado por toda a cidade de Queluz, pela IC19, linha do comboio, rio Jamor, urbanização Cidade Desportiva e terrenos da Anta de Monte Abraão.

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