No dia 3 de Julho 2008, Câmara Municipal de Sintra e SUMA fizeram uma apresentação à imprensa dos novos camiões e contentores.
Extensão do contrato entre Câmara Municipal de Sintra e SUMA. Com concurso público ou sem concurso público?
Em 2008 a empresa SUMA do grupo Mota Engil já prestava há 13 anos actividade no concelho. Jorge Rodrigues, administrador da SUMA, na apresentação do dia 3 de Julho, referiu que a recolha de lixo no concelho de Sintra pela SUMA é uma actividade reconhecida pela "qualidade dos serviços."
Adiantou também que a Câmara Municipal de Sintra renovou o contrato por mais 8 anos. O "novo contrato celebrado, que estende por mais oito anos as actividades de recolha indiferenciada e selectiva de resíduos no concelho," disse João Rodrigues à Agência Lusa. Com concurso público ou sem concurso público? Fica a questão.
Dispensa de cantoneiros falhou : cidadãos colocam o lixo no chão
A principal novidade apresentada no dia 3 de Julho era o facto das novas viaturas da SUMA dispensarem o trabalho dos cantoneiros. O sistema anunciado em 2008 permitia que o condutor do camião do lixo fizesse todo o trabalho.
Esta novidade verificou-se ser uma falácia. De facto, o novo sistema de recolha permitia que a viatura da SUMA recolhesse o lixo dentro do contentor. A SUMA e a Câmara Municipal de Sintra só não previram o lixo que fica de fora dos contentores. Por vezes o lixo fora dos contentores chega a ser mais do que o que está dentro.
Até 2008, dois cantoneiros e um condutor, através de uma passagem do camião da SUMA removiam o lixo por dentro e por fora dos contentores. Com o novo sistema apenas o lixo dentro dos contentores é recolhido pelas novas viaturas da SUMA.
Ciclo conduz a que todos os dias haja lixo no chão
A SUMA quando confrontada com o lixo no chão arranjou uma solução:
1- A nova viatura passa e recolhe o lixo dentro dos contentores.
2- Outra viatura passa com dois cantoneiros e coloca o lixo que estava fora dos contentores novamente dentro.
3- No dia seguinte, os cidadãos quando tentam colocar o lixo nos contentores já não conseguem. O contentor está cheio com o lixo que no dia anterior estava de fora.
O ciclo repete-se todos os dias.
Contentores com o logotipo SUMA são as muralhas da cidade de Queluz
Sendo a cidade do Palácio, Queluz nunca teve muralhas. Eis que em 2008 são instalados os contentores: as novas muralhas da cidade. Ao que o Cidadania Queluz apurou, os novos contentores da SUMA foram importados da Espanha à empresa Contenur.
Através das especificações dos contentores pode verificar-se que são mais altos do que a maior parte da população portuguesa. 1 metro e 63 centímetros é a altura dos novos contentores da SUMA.
Os contentores cumprem as normas europeias, nomeadamente a EN 12574. Esta é uma norma que permite que as crianças europeias não possam despejar o lixo.
Contentores retiram visibilidade e podem aumentar mortes na estrada
A HPEM, SUMA e Câmara Municipal de Sintra já têm conhecimento do facto dos contentores da SUMA estarem a retirar visibilidade às passadeiras da cidade de Queluz. Na questão das passadeiras foi transmitido ao Cidadania Queluz que as situações, depois de reportadas, seriam corrigidas.
As situações devem ser reportadas para geral@cm-sintra.pt. Recorde-se que em caso de acidente em que os contentores possam ser a causa (falta de visibilidade), a Câmara Municipal de Sintra pode ter responsabilidades criminais.
Contentores ocupam lugares de estacionamento
A SUMA e HPEM instalaram dezenas de contentores em lugares de estacionamento. Outros contentores foram instalados ao lado de paragens de autocarros.
Numa cidade com falta de estacionamento, um vogal do conselho de administração da HPEM respondeu que a ocupação de lugares de estacionamento é para "o bem da comunidade."
Alternativa aos contentores da Contenur
A cidade da Amadora optou por um sistema de contentorização bastante diferente da Câmara Municipal de Sintra, mais amigo das cidades. Trata-se do sistema molok, um sistema em que a maior parte do contentor fica enterrado no chão.
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