Segundo Fernando Castelo, esta situação aconteceu na edição de 18 de Setembro do Jornal de Sintra, a menos de um mês das eleições autárquicas.
Texto com as alterações feitas pelo Jornal de Sintra (a azul os cortes e a vermelho as adições/substituições):
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MISTÉRIOS DA DEDICAÇÃO
[Construção em Vale dos Anjos gera polémica]
Está a fazer um ano que se iniciou aquela monstruosa construção em Vale dos Anjos, a coberto do Alvará nº. 405/2008, que teve a graça dos Projectos de Arquitectura e de Especialidade serem aprovados por Despacho do mesmo dia – 28 de Janeiro de 2008.
No local, em 21 de Outubro de 2008, um Aviso indicava 872,81 metros quadrados de Área de Construção. Dois dias depois, a Área foi drasticamente reduzida para 522,70 metros. Por uma qualquer magia, a área da garagem não foi contabilizada como “área coberta”, regra que habitualmente a Câmara aplica em qualquer moradia.
Dizia uma notícia da época que uma associação que anda por aí [de Sintra] esteve no local “a investigar o estado da obra”, condicionando a sua posição à “consulta ao registo predial de Sintra”. Até hoje, que terá feito para a defesa desse património Cultural?
Façamos o filme [o resumo]: - O Parque Natural Sintra Cascais autorizou o aproveitamento de ruínas agrícolas com base no Plano que definiu como reconstrução as obras “subsequentes à demolição total”. O Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade deu parecer favorável à reconstrução. A Câmara emitiu o Alvará.
Foram dirigidas cartas à Delegação da UNESCO em Lisboa e posteriormente à Sede em Paris, alertando para o atentado em marcha, sem qualquer resposta.
Em Outubro de 2008 o Ministério Público terá pedido o processo para averiguações.
Como publicamente não surgem esclarecimentos, somos levados a admitir que estamos perante uma situação complexa a exigir medidas adequadas à preservação da Paisagem Cultural onde a construção está inserida.
A obra continua e atinge proporções preocupantes, se compararmos a foto de satélite anterior às obras com as agora tiradas. Na primeira, ao cimo, vê-se um largo espaço até à Azinhaga de Vale dos Anjos, agora desaparecida porque a construção foi até esse limite com a amplitude que as outras duas fotos ajudam a perceber.
A situação merece que os cidadãos dediquem 10 minutos da sua vida e subam 100 metros da Azinhaga, onde encontrarão a mesma ladeada pela elevada empena de um imóvel onde dantes era o muro tradicional do local.
Continua o silêncio inacreditável sobre a construção em curso numa zona tão sensível como esta, que deveria ter merecido as maiores cautelas por parte da Câmara Municipal de Sintra e de outras entidades responsáveis pela zona protegida.
Voltámos a dar conhecimento da evolução da obra à UNESCO. Espera-se que, desta vez, Paris nos devolva a resposta para tão grande mistério, ou seja, como é possível que, de tanta dedicação, tenha resultado tamanha ofensa ao Património Cultural de Sintra... [responda].
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Estas acusações partem do Sintra do Avesso, cujo autor, João Cachado entende que "a direcção do Jornal de Sintra foi mais papista do que o Papa." "O Prof. Fernando Seara, tenho a certeza de que, ao tomar conhecimento do caso, preferiria que o não tivesse concretizado uma atitude que o apouca, como se ele não tivesse arcaboiço para acolher e aguentar a ironia de alguém que ele bem conhece e, tanto quanto julgo saber, muito estima." refere.
João Cachado afasta a interferência de Fernando Seara, mas lança uma dúvida ao Jornal de Sintra: "Claro que a direcção do Jornal de Sintra interpreta isto na perfeição. Mas assim sendo, que motivo a determina ao escamoteamento da cívica contundência que o autor do texto pretendia propor?"
Câmara Municipal de Sintra já pagou ao Jornal de Sintra 20.200€ em publicidade
De recordar que a Tipografia Medina, SA, empresa detentora do Jornal de Sintra recebeu este ano 20.200€ em publicidade do Município. O último montante pago pela Câmara via ajuste directo foi 11.200€ em Maio de 2009. Desconhecem-se os critérios de selecção dos jornais e fixação de valores.
Recorde-se ainda que Fernando Seara afirmou em Viseu que no concelho de Sintra não existe "asfixia democrática."
A resposta para esta apagada e vil tristeza, creio, é dada na vossa própria peça jornalística:
ResponderExcluir"Câmara Municipal de Sintra já pagou ao Jornal de Sintra 20.200€ em publicidade
De recordar que a Tipografia Medina, SA, empresa detentora do Jornal de Sintra recebeu este ano 20.200€ em publicidade do Município. O último montante pago pela Câmara via ajuste directo foi 11.200€ em Maio de 2009. Desconhecem-se os critérios de selecção dos jornais e fixação de valores."
Pois...
Ainda haverá quem queira mais 4 anos "disto" na CMS? Está na HORA - de MUDAR!