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Início de uma carta anónima |
1 - Em Junho, a presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão recebeu duas cartas anónimas que apontavam "irregularidades" na HPEM. As cartas denunciam a utilização de serviços e bens públicos para fins privados. Utilização de viaturas para as deslocações casa trabalho, pagamento de portagens através da HPEM, cartões de combustível, etc.
2 - Em 2008, a empresa SUMA propôs uma alteração no contrato de recolha de lixo à HPEM. O contrato que tinha uma duração de quatro anos, renováveis por iguais periodos, passou para oito anos. O Tribunal de Contas negou o visto porque uma alteração contratual implica a abertura de um novo concurso público internacional. Segundo o Jornal Público estão em causa 8,669 milhões de euros (+iva) em 96 meses.
3 - Ainda este ano, a HPEM abriu um concurso público para a "locação de viaturas e equipamentos de limpeza urbana e recolha de resíduos no concelho." Três empresas concorreram: a SUMA/TRIU, a Ecoambiente e a Recolte. Por 1,642 milhões de euros (+iva), a SUMA/TRIU venceu o concurso. Num mercado concorrencial, a Recolte recorreu aos tribunais. O tribunal inferior considerou a queixa improcedente, mas o caso já estará numa instância superior.
Justificações de Rui Caetano:
1 - Ao jornal Público, o presidente da HPEM, justificou as regalias com o acordo da empresa negociado com o sindicato.
2 - Rui Caetano mostrou-se preocupado com os custos da SUMA. Referiu ao jornal que o investimento da SUMA justificava a alteração contratual. Os novos meios de recolha lateral "custam o dobro do que exigia a carga traseira." Apesar destas preocupações, a HPEM refere que pode sempre voltar ao contrato anterior caso o visto não seja atribuído pelo Tribunal de Contas.