Na cidade de Queluz têm existido casos de ninhos de lagartas de pinheiro que à falta de predadores, proliferam nas ruas, jardins e por vezes sobem aos prédios.
Segundo o biólogo Francisco Barros, a lagarta do pinheiro tem predadores, no entanto, estão em desvantagem. Os principais predadores da lagarta do pinheiro são quatro das nossas espécies de chapins: Chapim-real (Parus major), Chapim-azul (Parus cearuleus), Chapim-de-poupa (Parus cristatus) e Chapim-carvoeiro (Parus ater).
Estas aves, apesar de terem alimento, estão a perder a vantagem no ecossistema. O facto de se abaterem árvores velhas na cidade leva a que os chapins não tenham habitat de nidificação. Os chapins necessitam de cavidades de árvores para nidificar que só existem nas árvores velhas.
Sinais de aparecimento da lagarta do pinheiro
A lagarta do pinheiro tem quatro fases de desenvolvimento:
A borboleta deixa ovos nas árvores (ninhos), sobretudo nos pinheiros, que depois se transformam em lagartas. As lagartas saem dos ninhos em fila para fazerem um casulo. Do casulo nasce uma borboleta e todo o ciclo se repete.
Nas árvores (pinheiro bravo, silvestre, laríceo, o manso, insígne, pinheiro de Alepo) deve ter-se especial atenção aos meses de verão e alertar a Câmara para o aparecimento destes ninhos. A sua destruição pode evitar o aparecimento das lagartas no fim do Inverno.
A lagarta é a única fase de desenvolvimento perigosa para os animais e humanos. As lagartas do pinheiro têm pêlos urticantes que produzem alergias cutâneas, oculares e respiratórias.
Segundo a Liga Portuguesa dos Direitos do Animal, os animais domésticos, em contacto com as as lagartas do pinheiro "processionárias", chegam a correr risco de vida.
Os cães, curiosos, costumam cheirar as lagartas do pinheiro, o que pode provocar a morte dos tecidos afectados pelos pêlos urticantes. Existem casos em que foi necessário o abate dos animais de estimação.
Através de uma pareceria com uma associação sem fins lucrativos (BAFARI), o município do Seixal combateu a lagarta do pinheiro através da instalação de dezenas de caixas ninho pelos jardins e escolas, de forma a fixar os seus principais predadores e ao que parece trouxe alguns resultados...
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