Na CREL, todas as as faixas de rodagem ficaram soterradas por um terreno, o que levou ao corte desta via entre Queluz e Belas. Segundo o que a Agência Lusa apurou, através do vereador Gabriel Oliveira da Câmara da Amadora, o proprietário dos terrenos é um fundo imobiliário do Grupo Espírito Santo.
A Brisa e a Câmara Municipal da Amadora estiveram esta tarde reunidos e chegaram à conclusão de que existe "a necessidade de intervir imediatamente fora e dentro da área da concessão da CREL para a rápida regularização da circulação rodoviária."
A Lusa tentou contactar o Banco Espírito Santo, mas ainda não recebeu qualquer resposta.
Brisa alertou previamente a autarquia da Amadora
Antes do deslizamento de terras acontecer, a Brisa, entidade concessionária da CREL, alertou previamente a autarquia.
No local da concessão, a Brisa tem em permanência 60 camiões para retirar as terras pois em continuidade com a CREL está o Aqueduto das Águas Livres, património classificado, sob a ameaça de ficar soterrado.
Brisa e Câmara da Amadora vão imputar custos ao dono dos terrenos
Na reunião de hoje entre a Brisa e a Câmara Municipal da Amadora, ficou decidido que estas duas entidades vão imputar os custos ao dono do terreno.
A Cãmara Municipal da Amadora comunicou hoje que "dada a gravidade que o corte da circulação rodoviária está a desencadear, foi já feito um levantamento técnico dos problemas subjacentes a esta questão."
A autarquia da Amadora alertou hoje que "a intervenção imediata para a abertura da CREL, a resolução definitiva na estabilização dos terrenos em causa e a imputação dos custos e prejuízos ao proprietário dos terrenos".
Junta de Freguesia de Belas diz que aconteceram "depósitos de empresas construtoras."
Guilherme Dias foi claro ao jornal I quando refere que são as empresas construtoras que colocaram terra naquele local que agora a retiram. São "depósitos de empresas construtoras, as mesmas que estão lá a tirar a terra," referiu.
Já o Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias refere que "não há informação sobre isso. Neste momento a prioridade praticamente única é libertar a via de terras e estabilizá-las. O resto há-de resolver-se".
Transportes da Grande Lisboa centralizados em Lisboa
Todos os transportes colectivos estão direccionados a Lisboa e não existem ligações entre os concelhos limítrofes. Por exemplo, um morador de Odivelas que trabalhe em Oeiras tem de utilizar a CREL se não quiser perder tempo nos transportes.
A Comissão para a Mobilidade Sustentável do Concelho de Sintra refere que situação mostra "que devem ser feitos mais investimentos nos transportes colectivos rodoviários e ferroviários para atenuar a dependência existente em relação aos veículos automóveis".
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