quinta-feira, outubro 07, 2010

Hospital Amadora-Sintra reabriu às urgẽncias do INEM hoje às 12H00

No dia 3 de Outubro, ao registar-se uma pequena precipitação, o Hospital Amadora-Sintra acusou uma falha estrutural: as urgências e as salas operatórias ficaram inundadas devido a infiltrações. Trata-se da má construção de origem associada às obras de remodelação disse o presidente do Conselho de Administração.

"Chovia nas Urgências como se fosse lá fora. Os corredores junto do Serviço de Observações (SO) e das salas de cirurgia ficaram alagados. Foi um problema na junta de dilatação, combinado com as obras no telhado e a chuva," disse o responsável.

As urgências do Hospital deixaram de receber ambulâncias do INEM e pelo menos 70 cirurgias foram adiadas.

Bloco de Esquerda questionou Ministério da Saúde

No dia 6 de Outubro, os deputados João Semedo e Helena Pinto do Bloco de Esquerda questionaram o Ministério da Saúde. Leia aqui as perguntas:

Ontem, 3 de Outubro de 2010, infiltrações extensas de água da chuva no Serviço de Urgência Geral e no Bloco Operatório Central do Hospital Fernando Fonseca (Amadora/Sintra), levaram à suspensão da admissão de doentes urgentes transportados pelo INEM e à transferência para outros serviços dos doentes internados na Sala de Observações (SO) da urgência de adultos.

Em comunicado citado pela agência Lusa, o Conselho de Administração refere que "até que seja possível proceder às reparações necessárias, o hospital terá uma capacidade reduzida para receber doentes que necessitem de observação ou internamento, ficando a sua actividade programada, designadamente cirúrgica, igualmente comprometida".

No entanto, desde 1 de Junho de 2010, que estão a decorrer obras de remodelação do Serviço de Urgência Geral, que estavam previstas terminar no passado dia 30 de Setembro. De acordo com comunicado do Hospital, estas obras haviam sido, “constantemente adiadas”, o que suscita dúvidas quando à realização da necessária manutenção das infra‐estruturas, por parte da antiga gestão privada da responsabilidade do Grupo Mello.

Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através do Ministério da Saúde, as seguintes perguntas:
  1. Já havia sido identificada anteriormente a necessidade de reparação e/ou manutenção no Serviço de Urgência Geral e no Bloco Operatório Central do Hospital Fernando Fonseca (Amadora/Sintra), para evitar eventuais situações como a de ontem, decorrentes de condições climatéricas adversas?
  2. Como justifica o Ministério da Saúde que estando a decorrer obras de remodelação do Serviço de Urgência Geral, não tenha sido prevenida a situação causada ontem pela chuva nesse Serviço?
  3. A anterior gestão privada, da responsabilidade do Grupo Mello, procedeu à devida manutenção e reparação das infra‐estruturas, conforme estava obrigada contratualmente? Concretamente, quais os procedimentos e obras de manutenção e reparação foram levados a cabo durante de vigência da anterior gestão privada?

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