O paleontólogo Galopim de Carvalho já endereçou cartas ao Presidente da Repúbllica, aos vários Ministérios, mas até hoje o seu projecto de musealização das pegadas de Carenque continua na gaveta. Ainda a Câmara Municipal de Sintra tinha a governação de Edite Estrela e Rui Pereira, vereador com o pelouro da cultura, afirmava que em "termos financeiros é um passo demasiado comprido para a nossa perna."
As pegadas de Carenque devem a voz a Galopim de Carvalho. Há cerca de uma década que defende a musealização das pegadas. Recorda que na construção da CREL foram gastos mais "seis milhões" de euros para se evitar a sua destruição.
Trata-se de mais um caso em que a criação do concelho de Queluz poderia ajudar a resolver esta situação. A cidade de Queluz e a área de influência têm um património cultural e arquitectónico vasto que se encontra por explorar, preservar e aproveitar.
A responsabilidade desta situação poderá nem ser da Câmara Municipal de Sintra, mas do Parlamento que permite que uma Câmara Municipal (que não é capital) governe um território enorme e cheio de potencialidades por explorar sem que tenha capacidade para isso: uma vila que governa três cidades (com Algueirão Mem-Martins).
A solução poderá passar pela divisão do concelho de Sintra. Um discurso/estratégia para Sintra e um discurso/estratégia para Queluz. De se recordar que na passada sexta-feira, dia 19 de Novembro, comemorou-se o 11º aniversário do município de Odivelas.
O município de Odivelas hoje tem cerca de 150 mil habitantes, aproximadamente o que o município de Queluz teria. Odivelas tem um território de 26,14 km², um número bastante inferior ao que Queluz teria: só a freguesia de Almargem do Bispo tem 37,42 km². Odivelas pode ser um boa comparação a Queluz.
Está em discussão na mailing list a proposta avançada pelo Cidadania Queluz: o município de Queluz deve ser constituído pelas freguesias de Queluz, Queluz-de-Baixo (Tercena), Monte Abraão, Massamá que são a cidade de Queluz e as freguesias de Casal de Cambra, Belas e Almargem do Bispo.
Em 2004 foi assinado um protocolo entre a Câmara Municipal de Sintra e o Museu de História Natural da Universidade de Lisboa para a musealização das pegadas, contudo nada avançou: prioridades e recursos financeiros não permitiram.
Tanto a Anta de Monte Abraão como as Pegadas de Carenque têm por enquanto um destino: lixeiras. Galopim de Carvalho referia ao Cidade Viva que chora sempre que lá passa.
Hoje, num artigo de opinião no DN, Galopim de Carvalho volta a dar voz às pegadas de Carenque.
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